Istambul - Ago 2015
Explorar Istambul é embarcar numa jornada entre continentes, culturas e séculos. A cidade pulsa com a energia de impérios que moldaram a história — bizantinos, otomanos e modernos — e revela essa herança em cada esquina. Da grandiosidade da Hagia Sophia à delicadeza da Mesquita de Rüstem Paxá, passando pelos corredores vibrantes do Grand Bazaar e pelas águas serenas do Bósforo, cada experiência é um convite à contemplação e ao encantamento.
Ao longo desta aventura, mergulhamos em palácios como Topkapi e Dolmabahçe, descobrimos o mistério das Cisternas de Yerebatan, caminhamos pelas Muralhas de Constantinopla subimos a Torre de Gálata para ver a cidade de cima. Visitamos mesquitas que são verdadeiras obras de arte, cruzamos o estreito entre Europa e Ásia, e até navegamos até a charmosa Ilha do Príncipe, onde o tempo parece desacelerar. Cada parada foi uma página viva da história.
Esse roteiro é mais do que uma viagem — é um mergulho na alma de Istambul. Uma cidade que não se explica, se sente. E aqui começa nosso relato, feito de descobertas, sensações e memórias que vão muito além do turismo.
Grand Bazaar
Entrar no Grand Bazaar é como atravessar um portal para outra era. Com mais de 4 mil lojas espalhadas por 60 ruas cobertas, esse é um dos maiores e mais antigos mercados do mundo — ativo desde o século XV. O teto abobadado, os corredores labirínticos e o burburinho constante criam uma atmosfera vibrante, onde tradição e negociação caminham lado a lado.
Aqui, tudo está à venda — e tudo tem história. Tapetes turcos feitos à mão, joias de ouro, cerâmicas pintadas, especiarias aromáticas, lanternas coloridas e até antiguidades que parecem saídas de contos orientais. Os vendedores são mestres da conversa, e pechinchar faz parte da experiência. É impossível sair de lá sem ao menos uma lembrança… ou várias.
Mais do que um mercado, o Grand Bazaar é um espetáculo cultural. É onde o comércio vira arte, e cada esquina revela uma nova tentação. Mesmo que você não compre nada, caminhar por seus corredores é uma experiência sensorial que mistura cores, aromas, sons e histórias — tudo isso no coração pulsante de Istambul.





Mercado de especiarias
Se o Grand Bazaar é um espetáculo visual, o Mercado de Especiarias é um festival para o olfato. Localizado em Eminönü, esse bazar histórico — também chamado de Bazar Egípcio — foi construído no século XVII e ainda hoje exala os perfumes intensos do Oriente. Ao entrar, você é imediatamente envolvido por uma mistura hipnotizante de canela, açafrão, cravo, pimenta, chá e doces turcos.
As bancas são verdadeiros altares dedicados aos sabores e à medicina natural. Além das especiarias, você encontra frutas secas, mel, nozes, perfumes, óleos essenciais e até cosméticos artesanais. Os vendedores são simpáticos e adoram oferecer amostras — então prepare-se para provar um pouco de tudo, especialmente os famosos lokum (delícias turcas) e os chás aromáticos.
O Mercado de Especiarias é mais compacto que o Grand Bazaar, mas igualmente encantador. É o lugar perfeito para comprar lembranças sensoriais e mergulhar na tradição culinária turca.





Mesquita de Rusten Paxa
Escondida entre as ruelas movimentadas de Eminönü, perto do Mercado de Especiarias, a Mesquita de Rüstem Paxá é um verdadeiro tesouro da arquitetura otomana. Projetada por Mimar Sinan, o arquiteto mais célebre do Império Otomano, ela foi construída entre 1561 e 1563 a pedido de Mihrimah Sultan, filha de Solimão, o Magnífico, em homenagem ao seu marido, o grão-vizir Rüstem Paxá.
O que torna essa mesquita tão especial são seus azulejos de Iznik, considerados os mais belos de Istambul. Com padrões florais e geométricos em tons vibrantes — incluindo o raro vermelho-tomate — eles cobrem as paredes, colunas e até o mirabe, criando um ambiente que parece um jardim encantado. Ao contrário das mesquitas monumentais da cidade, o interior da Rüstem Paxá é acolhedor e sereno, ideal para contemplação e fotografia.
Apesar de seu exterior discreto, a mesquita surpreende quem a encontra. O acesso é feito por escadas estreitas que levam a um terraço elevado, onde o templo repousa sobre um conjunto de lojas — uma solução arquitetônica engenhosa para garantir sua manutenção.
Mesquita Suleymaniye
Dominando o horizonte de Istambul com elegância e imponência, a Mesquita Süleymaniye é uma das obras-primas do arquiteto Mimar Sinan e um tributo à grandeza de Solimão, o Magnífico. Construída entre 1550 e 1557, ela combina beleza arquitetônica, espiritualidade e uma vista deslumbrante para o Bósforo
Ao entrar, você é envolvido por uma atmosfera de serenidade e simetria. A cúpula central, com seus 53 metros de altura, parece flutuar sobre o espaço, sustentada por arcos perfeitos e banhada por luz natural que entra pelas janelas estrategicamente posicionadas. Os detalhes em mármore, os vitrais coloridos e os tapetes macios criam um ambiente que convida à contemplação — mesmo para quem não segue a fé islâmica.
Além da mesquita em si, o complexo inclui escolas, banhos turcos, jardins e o mausoléu de Solimão e sua esposa Hürrem, figuras centrais da história otomana. A Süleymaniye não é apenas um monumento religioso — é um testemunho da arte, da ciência e da visão de um império que deixou marcas profundas na alma de Istambul.
Mesquita Azul
A Mesquita Azul, oficialmente chamada de Sultanahmet Camii, é um dos monumentos mais emblemáticos de Istambul — e não é difícil entender por quê. Construída entre 1609 e 1616 durante o reinado do sultão Ahmed I, ela impressiona com seus seis minaretes, cúpulas elegantes e uma harmonia arquitetônica que parece tocar o céu. Localizada bem em frente à Hagia Sophia, ela forma com o antigo templo bizantino um dos cenários mais icônicos da cidade.
Ao entrar, o visitante é envolvido por uma atmosfera de paz e esplendor. O interior é revestido com mais de 20 mil azulejos de Iznik, em tons de azul, verde e turquesa, que dão à mesquita seu nome popular. A luz natural que entra pelas janelas altas cria um jogo de sombras e cores que transforma o espaço em pura poesia. Mesmo sendo uma mesquita ativa, ela recebe turistas com respeito e acolhimento, oferecendo uma experiência espiritual e estética inesquecível.
Visitar a Mesquita Azul é mais do que admirar um monumento — é sentir a alma de Istambul pulsando entre tradição e beleza. Seja ao amanhecer, quando os primeiros raios de sol tocam seus minaretes, ou ao entardecer, com o chamado à oração ecoando pela cidade, esse lugar deixa uma marca profunda em quem o contempla.





Palácio de Bucoleão
À beira do Mar de Mármara, escondido entre as muralhas costeiras de Istambul, repousa o enigmático Palácio de Bucoleão — um dos últimos vestígios do esplendor bizantino. Construído no século V e ampliado ao longo dos séculos, esse palácio foi residência de imperadores e cenário de intrigas imperiais. Hoje, suas ruínas silenciosas contam histórias de poder, fé e decadência, com arcos quebrados e colunas que resistem ao tempo.
O que torna o Bucoleão especial não é apenas sua história, mas sua localização. Com o mar azul ao fundo e o som das ondas como trilha sonora, caminhar por ali é como visitar um cenário de filme épico. Apesar de pouco conhecido pelos turistas, o lugar oferece uma experiência contemplativa e quase mística — perfeita para quem busca fugir dos roteiros óbvios e se conectar com a alma antiga de Istambul.
Recentemente, o local passou por esforços de preservação e ganhou mais destaque entre os amantes da história. Ainda assim, mantém seu charme discreto. O Palácio de Bucoleão é uma parada obrigatória para quem quer sentir o peso da história bizantina em cada pedra e descobrir um lado mais melancólico e poético de Istambul.
Cisternas de Yerebatan
A poucos passos da Hagia Sophia, escondida sob as ruas movimentadas de Sultanahmet, está a Cisterna da Basílica — um dos lugares mais surpreendentes de Istambul. Construída no século VI durante o reinado de Justiniano, essa antiga cisterna bizantina foi projetada para armazenar água para o Grande Palácio. Com suas 336 colunas coríntias e jônicas, iluminadas suavemente e refletidas nas águas tranquilas, o ambiente é quase mágico — silencioso, fresco e envolto em mistério.
Ao caminhar pelas passarelas sobre a água, você se sente transportado para um cenário de filme. Não à toa, a cisterna já apareceu em produções como 007 – From Russia with Love e Inferno, de Dan Brown. Um dos destaques é a presença das enigmáticas cabeças de Medusa, usadas como base de colunas, que despertam curiosidade e fascínio. Ninguém sabe ao certo por que estão ali — o que só aumenta o charme do lugar.
A visita à Cisterna de Yerebatan é uma pausa contemplativa em meio à agitação de Istambul. É um espaço onde a engenharia antiga encontra a estética, e onde o silêncio conta histórias que os livros não revelam.






Hagia Sophia
A Hagia Sophia não é apenas um monumento — é um testemunho vivo da história de Istambul. Construída em 537 d.C. pelo imperador bizantino Justiniano I, ela foi por quase mil anos a maior catedral do mundo cristão. Com a chegada dos otomanos em 1453, foi transformada em mesquita, e em 2020 voltou a ser oficialmente usada como local de culto islâmico.
Ao entrar, o visitante é imediatamente envolvido pela grandiosidade da cúpula central, que parece flutuar sobre o espaço. Os mosaicos dourados, as inscrições islâmicas gigantes e os detalhes arquitetônicos criam uma fusão única entre o cristianismo ortodoxo e o islamismo. É um lugar onde o sagrado não tem fronteiras — e onde o silêncio reverente dos visitantes revela o impacto que esse espaço provoca.
A Hagia Sophia é mais do que uma atração turística — é uma experiência espiritual e estética que atravessa impérios e crenças. Estar ali é sentir o peso da história e a leveza da arte, tudo ao mesmo tempo. Um dos pontos altos de qualquer visita a Istambul, e um lugar que deixa marcas profundas na memória de quem o contempla.
Hipódromo de Constantinopla
No coração de Istambul, onde hoje turistas passeiam entre monumentos e cafés, já ecoaram os gritos de multidões e o som das bigas em velocidade. O antigo Hipódromo de Constantinopla, construído no século III e ampliado por Constantino, foi o centro da vida pública bizantina — palco de corridas de cavalos, festas imperiais e até revoltas políticas. Embora a estrutura original tenha desaparecido, a praça atual preserva o espírito vibrante daquele passado glorioso.
Hoje, o espaço é conhecido como Praça Sultanahmet , e ainda abriga monumentos que testemunham sua história milenar. O Obelisco de Teodósio, trazido do Egito, se ergue com imponência; a Coluna Serpentina, vinda de Delfos, guarda os vestígios da antiguidade; e a Coluna de Constantino, embora mais discreta, completa o trio de relíquias que resistiram ao tempo. Andar por ali é como visitar um museu a céu aberto — com a Hagia Sophia e a Mesquita Azul ao fundo.
O Hipódromo não é apenas um lugar de passagem — é um ponto de encontro entre o passado e o presente. Sentar em um dos bancos da praça, observar o vai e vem dos visitantes e imaginar as corridas e cerimônias que ali aconteceram é uma experiência que conecta você à alma de Istambul. Um espaço onde a história não está apenas escrita — ela é sentida.
Palácio Topkapi
O Palácio Topkapi é mais do que uma construção — é um mergulho na vida íntima dos sultões que governaram o Império Otomano por mais de 400 anos. Localizado em um promontório com vista para o Bósforo e o Chifre de Ouro, o palácio foi erguido por ordem de Mehmet II logo após a conquista de Constantinopla em 1453. Com seus pátios interligados, jardins silenciosos e salões ornamentados, ele revela o poder, a sofisticação e os segredos da corte otomana.
Ao explorar o complexo, o visitante encontra tesouros que parecem saídos de contos orientais: joias imperiais, trajes cerimoniais, relíquias sagradas, manuscritos raros e até o famoso punhal de esmeraldas. Um dos destaques é o Harém, onde viviam as esposas, concubinas e a mãe do sultão — um espaço de luxo e intriga, decorado com azulejos de Iznik e portas entalhadas com ouro. Cada sala tem uma história, e cada detalhe revela a vida palaciana em sua plenitude.
Visitar Topkapi é como folhear um livro de história em tamanho real. A vista panorâmica do terraço, os sons suaves dos jardins e a aura de mistério que envolve o palácio faz dele uma parada obrigatória em Istambul.
Chora Museum (Kariye Camii)
Escondido no bairro de Edirnekapı, longe do burburinho turístico de Sultanahmet, o antigo Mosteiro de Chora — hoje Kariye Camii — é um verdadeiro santuário da arte bizantina. Originalmente construído no século IV fora das muralhas de Constantinopla, o edifício passou por várias transformações ao longo dos séculos, ganhando sua forma atual no século XIV sob o patrocínio de Theodore Metochites, um influente estadista e amante das artes.
O grande destaque do local são os mosaicos e afrescos que cobrem quase todas as superfícies internas. Com cores vibrantes, profundidade visual e expressividade rara, essas obras retratam cenas da vida de Cristo, da Virgem Maria e passagens bíblicas com uma riqueza de detalhes que antecipa o estilo renascentista. É considerado um dos melhores exemplos da arte bizantina tardia, e caminhar por seus corredores é como visitar uma galeria sagrada.
Após funcionar como igreja, mesquita e museu, o edifício voltou a ser mesquita em 2020, mas continua aberto à visitação. A experiência de estar ali é profundamente contemplativa — um encontro entre fé, história e beleza.
Muralhas de Constantinopla
Antes mesmo de minaretes tocarem o céu e bazares colorirem as ruas, Constantinopla já era protegida por um dos sistemas defensivos mais impressionantes da história. As muralhas terrestres, construídas no século V por ordem do imperador Teodósio II, se estendem por mais de 6 km e foram por séculos o escudo que manteve a cidade invencível. Resistiram a cercos de árabes, cruzados e até otomanos — até finalmente cederem em 1453, na queda que marcou o fim do Império Bizantino.
Hoje, caminhar ao lado dessas muralhas é como passear por um livro de história em tamanho real. Algumas torres estão restauradas, outras guardam cicatrizes do tempo, mas todas mantêm viva a aura de grandeza. É possível visitar trechos como a Porta de Adrianópolis, onde o exército de Mehmet II entrou triunfante, ou subir em segmentos elevados para ter uma vista panorâmica de bairros antigos como Fatih e Edirnekapı. e Edirnekapı.
Para quem busca experiências autênticas e fora do circuito turístico tradicional, as muralhas são um achado. Elas revelam um lado mais melancólico e contemplativo de Istambul — onde o silêncio das pedras contrasta com o ritmo vibrante da cidade moderna.





Tour da Ilha do Príncipe
Imagine embarcar em uma balsa ao amanhecer, cruzando o Mar de Mármara com o skyline de Istambul ao fundo. O passeio pelas Ilhas dos Príncipes começa com essa atmosfera mágica e segue rumo a um arquipélago onde carros são proibidos — o que significa silêncio, ar puro e uma vibe nostálgica. Büyükada, a maior das ilhas, é o destaque do tour: suas mansões de madeira, ruas floridas e o icônico Mosteiro Aya Yorgi no topo da colina oferecem vistas de tirar o fôlego e uma imersão na história bizantina e otomana.
Durante o passeio, você pode explorar as ilhas a pé, de bicicleta ou até em charmosas carruagens. Heybeliada, por exemplo, encanta com sua vegetação exuberante e construções históricas como a Naval High School. E claro, não dá para esquecer do almoço: pratos típicos turcos servidos a bordo do barco, com o mar azul como pano de fundo. É o tipo de experiência que rende fotos incríveis e memórias inesquecíveis.








Torre de Gálata
Erguida no século 14 pelos genoveses, a Torre de Gálata é um dos pontos mais icônicos de Istambul — e um dos mais fotogênicos. Com seus 67 metros de altura e estrutura de pedra imponente, ela se destaca no bairro de Beyoğlu, oferecendo uma das vistas mais espetaculares da cidade. Lá do alto, é possível contemplar o Bósforo, a Ponte de Gálata, a Mesquita Azul, a Hagia Sophia e o emaranhado de telhados que compõem o coração histórico da metrópole.
Subir na torre é uma experiência que mistura história e encantamento. O elevador leva os visitantes até os andares superiores, onde há um mirante panorâmico e um pequeno museu que conta a trajetória da torre — desde sua função como farol e torre de vigia até os dias atuais. Diz a lenda que Hezarfen Ahmet Çelebi, um estudioso otomano do século XVII, teria voado da Torre de Gálata até Üsküdar com asas artificiais. Verdade ou não, o espírito de aventura ainda paira por ali.
Ao entardecer, a torre ganha tons dourados e se transforma em um cenário perfeito para fotos e contemplação. Os cafés e restaurantes ao redor completam o passeio com charme boêmio e sabores locais.





Palácio Dolmabahçe
O Palácio Dolmabahçe é o retrato do luxo otomano em sua fase mais europeia. Construído no século XIX por ordem do sultão Abdulmecid I, ele substituiu o Palácio Topkapi como residência oficial dos sultões e impressiona por sua arquitetura neobarroca, rococó e neoclássica. Com mais de 280 quartos, 43 salões e uma escadaria de cristal que parece saída de um conto de fadas, o palácio é uma verdadeira joia às margens do Bósforo.
Ao caminhar por seus salões, o visitante é envolvido por uma atmosfera de opulência e requinte. Lustres gigantes de cristal, tapetes persas, móveis dourados e tetos pintados com detalhes minuciosos revelam o gosto refinado da corte otomana em tempos de modernização. Um dos destaques é o Salão Cerimonial, onde está o maior lustre de cristal da Europa — com mais de 4 toneladas e 750 lâmpadas.
Além de sua beleza, o Dolmabahçe carrega um peso histórico: foi ali que Mustafa Kemal Atatürk, fundador da República da Turquia, passou seus últimos dias. Visitar o palácio é mergulhar em uma era de transição, onde o Oriente e o Ocidente se encontraram em estilo, política e cultura.















Palacio Beylerbeyi
Do outro lado do Bósforo, no bairro de Üsküdar, está o encantador Palácio Beylerbeyi, construído entre 1861 e 1865 como residência de verão dos sultões otomanos. Menor e mais intimista que o Dolmabahçe, ele encanta pela sua elegância discreta e pela vista privilegiada do estreito. Com jardins bem cuidados e salões banhados pela luz natural.
O interior mistura estilos ocidentais e orientais, com salões decorados em tons suaves, tapetes artesanais e detalhes em mármore branco. Um dos espaços mais curiosos é o Salão de Recepção, que possui uma fonte interna — símbolo de frescor e serenidade. O palácio também recebeu visitantes ilustres, como imperadores europeus e membros da realeza, reforçando seu papel diplomático e cultural.
Visitar o Beylerbeyi é descobrir um lado mais contemplativo de Istambul, longe da agitação turística. É ideal para quem quer explorar o lado asiático da cidade com charme e história.
Passeio pelo Bósforo
Fazer um passeio de barco pelo Estreito de Bósforo é uma das experiências mais mágicas que Istambul oferece. Separando a Europa da Ásia, esse braço de mar conecta o Mar de Mármara ao Mar Negro, e navegar por ele é como folhear um álbum vivo da cidade. Palácios, mesquitas, fortalezas e casas de madeira desfilam pelas margens.
Durante o cruzeiro, é possível avistar ícones como o Palácio Dolmabahçe, a Mesquita Ortaköy, a imponente Ponte do Bósforo, o elegante Palácio Beylerbeyi e até fortalezas como Rumeli Hisarı, que guardam memórias de batalhas e conquistas. O contraste entre o antigo e o moderno, o sagrado e o cotidiano, cria uma paisagem única.
Seja em um passeio curto ao pôr do sol ou em um cruzeiro completo até o Mar Negro, o Bósforo oferece uma perspectiva diferente de Istambul: mais contemplativa, mais poética.









Excelente Comida
A culinária de Istambul é uma rica tapeçaria de sabores que reflete seu passado como capital do Império Otomano e seu papel geográfico como ponte entre a Europa e a Ásia, resultando em uma fusão única de influências mediterrâneas, balcânicas e orientais. A gastronomia da cidade é marcada pela onipresença de carne grelhada, especialmente em suas diversas formas de kebab e köfte (almôndegas), servidas com pão (pita ou simit), iogurte e vegetais frescos. Além disso, Istambul encanta com a comida de rua, como o famoso döner e o lahmacun (pizza turca), e uma impressionante variedade de doces folhados e xaroposos, sendo o baklava e o lokum (delícias turcas) as estrelas que arrematam as refeições, sempre acompanhadas do ritual do çay (chá turco).
Fim Istambul